Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro

Fecomércio RJ solicita mais flexibilidade do Banco Central com meta de inflação

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Em nota assinada pelo presidente Antonio Florencio de Queiroz Junior, federação diz que juros são impraticáveis

Foto: Canva

O comércio de bens, serviços e turismo representa três das mais relevantes áreas da nossa economia e, mais do que isso, é um termômetro fidedigno da economia real do país. A Fecomércio RJ defende que o Banco Central tenha uma postura mais flexível em relação à meta de inflação, que viabilize a redução da Selic para padrões que estimulem a economia. Não se trata de discutir a independência do Banco Central, mas a meta de inflação e, por consequência, a taxa de juros devem ser revistas em razão das inúmeras evidências técnicas, no país e no mundo, de que metas de inflação descoladas da conjuntura atual têm sido mais prejudiciais para a atividade econômica do que um caminho para combater a inflação.

Na teoria, uma meta de inflação baixa ou baixíssima poderia representar avanços institucionais. Mas o que vemos na prática é que, em uma análise técnica, no padrão atual está em descompasso com o desempenho da economia brasileira e do mundo. O resultado disso é que o Banco Central tem aplicado taxas altas, impraticáveis e, infelizmente, ineficientes ao seu propósito. Assim, deve-se discutir a flexibilização das metas, de modo que o Banco Central possa na sequência reduzir as taxas sem se descolar de metas, sempre dentro da realidade e do momento de nossa economia.

Essa situação, vale dizer, não é exclusiva do Brasil e até nos Estados Unidos, país cuja taxa de juros impacta o mundo todo também se discute se o rigor de cumprir metas irrealistas pode ser mais nocivo que benéfico. Há inúmeros economistas renomados internacionalmente que defendem essa tese, a exemplo do professor do MIT e ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Olivier Blanchard.

No mundo todo, o debate é o mesmo que também vale para o nosso país: a conjuntura atual da economia deve estar conectada a uma meta realista, que traga benefícios concretos à atividade econômica com uma taxa de juros mais equilibrada.

 

Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ

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