Presidente Antonio Queiroz ressalta o aperfeiçoamento e intercâmbio de boas práticas proporcionados pelos encontros

Entre os dias 10 e 14 de julho, a Fecomércio RJ marcou presença nos dois eventos voltados para formação e capacitação de representantes de sindicatos e federações do setor terciário de todo o país, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Conecta apresentou as boas práticas do Sistema Comércio (formado por 34 federações estaduais e nacionais, além de sindicatos, Sesc e Senac), nos dias 10 e 11.
De 12 a 14, foi a vez do Sicomércio 2023, que reuniu dirigentes e equipes de mil sindicatos em uma intensa imersão em cases de sucesso que poderão ser replicados ou servir de exemplo para melhor atender os empresários representados. Os dois eventos receberam cerca de duas mil pessoas.

“A troca de experiências e os importantes ensinamentos que experimentamos no Sicomércio 2023 mostram a união e a força do setor terciário. Esse congresso espelha o nosso orgulho na atuação social, derivada da nossa representação sindical. Por isso, devemos manter a robustez da atuação na defesa dos interesses dos empresários frente às dificuldades econômicas e sociais. A união do Sicomércio reafirma a nossa relevância como entidades sindicais, traduzidas em troca de conhecimento e boas práticas”, ressaltou o presidente do Sistema Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior, na abertura do Sicomércio 2023.
Também participaram da abertura do Sicomércio 2023, o presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
“Não existe luta de classes. Existe luta por melhores condições de trabalho. Fortalecer o sistema comércio é também uma forma de melhorar a atuação dos sindicatos e, consequentemente, as empresas associadas”, apontou José Roberto Tadros, presidente da CNC.
Para o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, é preciso recuperar o papel dos sindicatos e fortalecer a negociação coletiva.
“O comércio vem participando ativamente do processo de retomada de empregos. Ao aprovar a reforma tributária e tantas outras demandas, seguramente, vamos colocar o Brasil numa rota de crescimento sustentável e contínuo. É preciso negociar o processo de negociação coletiva. Precisamos estimular o diálogo e o entendimento”, afirmou o ministro.

Em sua palestra no primeiro dia do Sicomércio 2023, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, observou como a tecnologia vem transformando o mundo em todas as suas dimensões, do comércio às relações de trabalho, exigindo que as leis sejam adequadas. “Há uma nova economia em que o mundo da indústria, o mundo do comércio e o mundo dos serviços estão atuando. O surgimento do comércio online ocupa um espaço enorme no mundo contemporâneo. É um mundo que se transformou de forma profunda com novas plataformas de pagamento. O surgimento da economia digital afeta as relações do comércio, de trabalho. Há uma virtualização da vida”, disse.
Luís Roberto Barroso também falou da importância da reforma tributária para simplificar o sistema e acabar com a litigiosidade. Segundo o ministro do STF, é preciso acabar com essa fonte de insegurança jurídica para as empresas e o governo.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou da abertura do segundo dia e em seu discurso falou da reforma tributária.
“A lógica da reforma tributária é desonerar as exportações e trazer investimentos para o Brasil. Há sempre uma preocupação de natureza setorial. Assim como na Europa, o IVA tem várias alíquotas que vão sendo estabelecidas de acordo com o tipo de serviço ou produto a ser vendido”, explicou Alckmin.