Conforme a PNAD Contínua Trimestral, a desocupação continuou a recuar no Brasil, pelo terceiro trimestre consecutivo. A taxa de desemprego chegou a 6,2%, o que representou uma queda de 0,2 p.p. ante o trimestre imediatamente anterior (6,4%) e de 1,2 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2023 (7,4%). Com o resultado, a taxa média dos quatro últimos trimestres situou-se em 6,9%, ficando abaixo do patamar médio do mesmo período anterior (8,0%). A mesma dinâmica foi visualizada na taxa composta de subutilização da força de trabalho, que recuou 0,5 p.p. ante o trimestre anterior, posicionando-se em 15,2%, percentual inferior ao quarto trimestre de 2023 (17,3%).
Na comparação anual do 4º trimestre, a população de empregados no setor privado sem carteira apresentou taxa de crescimento superior à dos empregados com carteira: 5,0% e 3,3%, respectivamente. Já em valor absoluto, a variação dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado supera em 582 mil a daqueles sem carteira. Além disso, o número de empregadores com CNPJ aumentou 3,1% e os de conta própria com CNPJ 5,9%. Consequentemente, a taxa de informalidade recuou em relação ao mesmo trimestre de 2023, de 39,1% para 38,6%.
O percentual de pessoas desalentadas manteve-se estável, em 2,7%, ante o trimestre imediatamente anterior. Ademais, ao compararmos com o mesmo período de 2023, houve retração de 0,4 p.p., sugerindo um aquecimento do mercado de trabalho, com entrada de pessoas na força de trabalho que antes não buscavam empregos. Já no Rio de Janeiro, o percentual de desalentados aumentou para 1,2%.
Em relação ao segundo trimestre de 2024, houve redução da taxa de desocupação em 14 das 27 Unidades Federativas. Os destaques foram Minas Gerais, Paraná e Maranhão, todos com queda de 0,7 p.p.
No Rio de Janeiro, a taxa de desocupação retraiu de 8,5% para 8,2%. Já na comparação com o quarto trimestre de 2023, houve recuo de 1,8 p.p. Entretanto, o estado fluminense continuou a apresentar a maior taxa de desemprego entre os estados da Região Sudeste. Destes, Espírito Santo registrou a menor taxa, de 3,9%, enquanto em Minas Gerais e em São Paulo a taxa foi de 4,3% e 5,9%, respectivamente.
O rendimento médio real mensal habitual de todos os trabalhos atingiu R$ 3.744 no estado fluminense, ficando praticamente estável em comparação ao trimestre anterior (R$ 3.759) e em relação ao quarto trimestre de 2023
(R$ 3.729). No Brasil, por sua vez, o rendimento médio alcançou R$ 3.315, apresentando crescimento em relação ao trimestre anterior (R$ 3.268) e em relação ao mesmo trimestre de 2023 (R$ 3.178).
Já a massa de rendimento real de todos os trabalhos, habitualmente recebido por mês pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade, foi estimada em R$ 339,4 bilhões no Brasil, um aumento não só em relação ao trimestre anterior (R$ 332,0 bilhões) mas também frente ao 4º trimestre de 2023 (R$ 316,1 bilhões). No Rio de Janeiro a massa de rendimento foi estimada em 31,0 bilhões, apesentando estabilidade em relação ao trimestre anterior, mas avançando quando comparado ao mesmo período do ano anterior (30,2 bilhões).
Dessa forma, a taxa de desocupação mantém a trajetória descendente instaurada em 2021, tanto em nível nacional quanto estadual. Além disso, no Brasil, a taxa atual de 6,2% representa o patamar mais baixo para um quarto trimestre desde o início da série histórica em 2012 e se afasta ainda mais do ponto mais alto registrado durante a pandemia (14,2%). De igual modo, no Rio de Janeiro, a taxa do 4º trimestre (8,2%) foi a menor desde 2014, distanciando-se do pico alcançado durante a pandemia, quando atingiu 19,6%.
