O volume de vendas do comércio varejista recuou no país em janeiro, de acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio. O índice restrito retraiu 0,1% em relação ao mês anterior, acima da expectativa do mercado (-0,2%¹). Ainda assim, houve crescimento de 3,1% ante janeiro de 2024. Com o resultado, a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,7%. Por outro lado, o volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, apresentou aumento mensal de 2,3% no país. Além disso, mostrou crescimento de 3,8% nos últimos 12 meses.
Em relação a dezembro, quatro das oito atividades pesquisadas apresentaram baixa: Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-3,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%), Móveis e eletrodomésticos (-0,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%). Já Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (5,3%), Combustíveis e lubrificantes (1,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%)apresentaram alta. No comércio varejista ampliado, as atividades de Veículos, motocicletas, partes e peças (4,8%) e Material de construção
(3,0%) desempenharam força positiva.
No estado do Rio de Janeiro, o volume de vendas do comércio varejista avançou 0,7% em relação ao mês de dezembro e 0,5% ante janeiro de 2024. Além disso, o índice apresentou crescimento de 1,5% nos últimos 12 meses. De igual modo, no comércio varejista ampliado, o volume de vendas apresentou crescimento de 1,9% em relação ao mês anterior. Assim, a variação acumulada do índice ampliado foi de 1,5% nos últimos 12 meses.
Em relação a janeiro de 2024, as categorias com variação negativa no estado foram Combustíveis e lubrificantes (-14,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-8,9%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-6,0%), Móveis e eletrodomésticos (-2,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,6%). Já Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,9%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%)registraram desempenho positivo.No comércio varejista ampliado, a atividade de Veículos, motocicletas, partes e peças (-4,3%) desempenhou força negativa, enquanto Material de construção (1,6%) registrou alta.
Janeiro marca o terceiro mês com resultados negativos no setor varejista, após atingir nível recorde em outubro. A retração refletiu, sobretudo, a menor receita dos segmentos de artigos farmacêuticos e hipermercados, impactados pela alta nos preços. A inflação tem afetado o setor tanto diretamente, pelo aumento nos preços dos alimentos, quanto indiretamente, pela redução da renda disponível. Assim, a desaceleração do mercado de trabalho, os efeitos defasados do aperto monetário e a manutenção dos juros em níveis elevados devem conter ainda mais o avanço do varejo nos próximos meses.